Overdose de gente durante o mês de Novembro, esse que transformou-se no mês dos muitos shows: imperdíveis, sofriveis, interessantes, extravagantes….por motivos pessoais, profissionais e familiares passei por :
Pearl Jam no Morumbi:
Banda que marcou a adolescência e que nunca tinha visto ao vivo. A excitação de poder bradar aos céus que sim, eu permaneço vivo, foi aditivada pelo show de abertura de X. Massari, companheiro de rádio e bíblia musical, falava da “legendária” banda punk com um brilho nos olhos que era difícil deixar passar. Cinco pessoas no palco, todos na casa dos 60. Barulho pacas, e barulho bom, o público no ponto de fervura. Quando Pearl Jam subiu ao palco e começou a enfileirar músicas fortes, encaixando os 20 anos de estória da banda, fez valer meu tempo de fanatismo.
ou CarnaStrokes 2011, ou ainda, que show massa foi esse….
Acho ótima a mistura de bandas estabelecidas com aquelas no ponto de se perceber se são boas ao vivo ou apenas em estúdio. Acontecer no Playcenter é prático pela distância e desperta a memória afetiva impregnada naquele espaço, a ponto dos corajosos encararem os brinquedos. Assisti parte do Broken Social Scene (bonito), uma passadinha no Gang Gang Dance (não curti muito), o final do Goldfrapp (muito ventilador para pouca voz) e fui posicionar-me estratégicamente no gargarejo para Strokes. Quando vieram ao Brasil, em 2005, promoveram uma revolução em mim, e eu precisava dessa sensação. Mesmo depois de dois discos fracos, eles não decepcionaram. Envoltos em capuzes, moletons e tênis amarelo, músicas novas, seqüência de clássicos do primeiro disco, e no meio de tudo isso Reptilia. Please, don’t stop me now if I’m going too fast.
foi o segundo ano que fui mediadora do Forum de Sustentabilidade do SWU. Assistir aos shows é dobrar a jornada porque tenho que estar desperta, lépida e faceira sempre as oito da manhã do dia seguinte. Tive de escolher alguns artistas:
*Snoop Dogg: show de rap com banda faz toda a diferença – porque ele já veio algumas vezes só com dj e foi preguiça master. A trajetória do rap através de Snoop é a linha do tempo da popularização do gênero. Os primeiros sucessos ubber gansgta como Gin & Juice e What’s my Name são distantes temporal e musicalmente das suas novas produções que balançaram a molecada e que me deixaram com uma grande interrogação na testa. Snoop com David Guetta, WTF? Mas valeu, principalmente por terminar o show com “Minha Fantasia” do Só Pra Contrariar. Snoop is do pagode, man.
*Hole: Courtney, ah Courtney. Doidinha, doidinha. Quando cheguei ao palco ela cantava um trecho de Bad Romance de Lady Gaga. Aí começou a brigar com o fã que tinha a foto de Kurt. Aí xingou Dave Grohl. Aí saiu do palco. E eu só pensava em Celebrity Skin e Violet. Aí voltou ao palco, falou mais dez minutos, cantou Celebrity Skin e Violet e eu me fui.
*Stone Temple Pilots: Scott Weiland prova no palco que heroína funciona como formol.
*Faith No More: Todo mundo de branco no palco, flores, recitador pernambucano, coro de crianças, e a banda. Intenso. O show tá disponível inteiro aqui.
sério. Minha sobrinha pediu e achei que seria a única maneira de vê-la, entender mais do pop, sei lá. Cantar Toxic, talvez?
No palco, referências que nem Joãozinho Trinta conseguiu enfileirar em toda sua história na Marques de Sapucahy: Dick Tracy, kawaii, SM, motoqueiros, egípcios, color block, japonices….ufa….Playback cara de pau, ela já não dança como antigamente. Pensei na cultura americana, a maneira como deglute, devora e devolve todas as outras e como isso já não funciona mais. Seria Britney a encarnação pop do Declínio do Império Americano?
No sé, mas confesso que fogos, luzes, danças e anjos fizeram mais sentido ali que no show do Kanye West no SWU.